Os vereadores do rio, que são adeptos assim como eu, da picaretagem moderada, dessa vez resolveram aloprar. Querem carro de presente. Eles alegam que são pobres e não tem como ir trabalhar sem carro. Estão fazendo piquete na porta do trampo, por melhores condições de transporte. Eu, enquanto tirava umas fotos e jogava milho para os pombos da praça perto do protesto, vi um vereador se aproximando em minha direção, chorando e com o maior carão de triste. Perguntei para o melancólico senhor, o que estava acontecendo e ele disse que sem carro ele não ia trabalhar. Aí, eu que fiquei extremamente sensibilizado com o choramingo do senhor, disse pra ele que se o problema era carro, eu poderia ceder a ele em troca de pequenos favores parlamentares, meu antigo castilho móvel, que hoje fica enconstado em minha garagem lá em Tinguá. E o senhor vereador perguntou: o carro funciona? Eu disse que comigo, nos ´últimos anos , ele só funcionava uma vez na semana. Mas respondi dizendo que o possante se encaixava perfeitamente a ele, já que os senhor só aparece uma vez no mês no trabalho. Eu fiz as contas. Se o carro comigo funcionava uma vez por semana e o deputado só ia trabalhar uma vez no mês, daria para ele trabalhar quase dois anos com o antigo Castilho Móvel.. Disse pra ele que ele ai gostar do carro. Já que era um carro muito gozado e divertido. Já que foi palco de inúmeras traquinagens feitas por mim quando era mais jovem.
O Catilho Móvel a serviço do poder
O Senhor vereador ficou puto, mas aceitou a proposta. E no final das contas , acabou se dando bem. Já que pela pressão do povão, a compra dos carros foi cancelada. Como os vereadores disseram que não sabem ir trabalhar sem carro, o serviço de tranporte escolar local ficou sensibilizado e disse que vai buscar e levar cada parlamentar em casa. Mas só se eles fizerem passes escolares. Hoje, 3 parlamentares foram presos tentando entrar no buzum com passe falsificado.
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