O Bloco do Noisentrase sem Freio

 No começo do bloco, vagabundo ficou cabreiro... Pois o prefeito do Rio, Senhor Risadinha da Paz,  apareceu do nada, de helicópetero, igual ao papai noel do maracanã,  dizendo que não era permitido esse tipo de saliência na cidade. E que ia colocar todo mundo que tava pelado, no xilindró.

Como todos sabem, um dos motivos que me fez vir morar no Rio é que me falaram que eu poderia andar na rua pelado..  Infelizmente não me falaram que esse andar pelado é permitido apenas uma vez no ano. Sendo assim, depois de me recompor fisicamente da saliência com as 67 mulatas no pré-carnaval do Rio, eu resolvi montar o bloco do Noisentranse.. O primeiro bloco verdadeiramente democrático do Brasil . Pois nem de roupa o cara precisa..  Como uma cabeça só não pena direito, pedi um conselho dos marqueteiros  e consultores de tendências que andei fazendo amizade em minhas noites  de Nightman Latino, para achar um nome de impacto e apelo comercial.. Tempo é dinheiro, rapeize..

Foi aí que eu conheci a semi-frase, e pop star do momento, vulgo:  TÔ SEM FREIO! Me falaram que toda palavra ou frase dita no rio, tem que acrescentar um tô sem freio no fim.. Então, como não sou bobo e sou um cara da moda ( no bom sentido rs ) acoplei o tal  sem freio em minha vida, de forma oficial. Pois se forem analisar,  freio é um coisa nova pra mim rs   Então, o nome do bloco passou a ser Bloco do Noisentrase sem Freio. O requisito para entrar no bloco era sair peladão.. Mas tudo na maior organização e elegância, rapeize.. O problema,  foi que a coisa saiu mais uma vez do controle e a filosofia do bloco se espalhou por diversas cidades do Brasil.

 

Cascateiros, médicos, leiteiros, padeiros, advogados, pedreiros, caretas, nerds, modernos, indies, cults e mais um mulão, cairam de bunda no bloco durante os 4 dias de folia 

 

A repressão foi forte em alguns estados.. e a galera corria rumo as montanhas, para sambar em paz

 

Eu fiz questão de cuidar pessoalmente, do desempenho da ala feminina do bloco