Samba, Suor , Cerveja e Méxicú Gostoso?

A vida intensa, urbana, capitalista e despirocada que vivo nos últimos dias, ou melhor, anos..  Tem me deixado reflexivo demais.. Ontem, no clima de pré carnaval que contagiou a cidade, larguei a estância aquática de Tinguá e resolvi  colocar uma sunga e saí pra curtir os blocos de rua no centro e zona sul.

Depois de muito sambar, deu vontade de mijar. Como não tinha lugar para fazer essa necessidade, ( depois dos 60, mija-se muito ) tive que comprar uma águá de cocô, que depois de vazia, me serviu de banheiro. Como não tenho mais idade para esse tipo de coisa, revolvi procurar uma despirocada de gala. 

 Parti rumo as quadras de escolas de samba, para tentar sair na capa da Caras e arrumar uma vaga no porta malas do avião que vai partir para o carnaval de Salvador, explodindo de celebridades.. Realmente lá tava cheio de celebridades. Na hora que eu fui pegar uma cerveja, dei uma trombada na Débora Sexon Surfistinha . Depois, trombei com a Preta Viu. Como achei ela gorda e muito parecida com o baixinho marrento Romário,  meu bilau fez foi encolher, ao ver aquela estranha figura.. Mas Poxa, bem que eu quase tentei a sorte com a Débora Sexon Surfistinha, mas como todo gringo tarado, sou fã de mulatas! E resolvi  perder a linha com essas beldades. A coisa meio que saiu do meu controle rs  Perdi a linha  atrás da caixa de som fazia fazia  celebridades, bicheiros, banqueiros e todos os bandidos que fugiram do alemão sambar. Foi uma verdadeira odisséia da safadeza. Sambei atrás da caixa de som com 27 mulatas na quadra da Mangueira,  depois, com +  12 mulatas na Quadra da Grande Rio  e + 19 na quadra da Beija Flor..Tomei muita cerveja que me era fornecida The grátis. A cerveja era uma tal de Schimerdol.. a tal cerveja  me deu uma espécie de flash back, típico de doidões que tomavam ácido nos anos 60´s  Foi aí que  lembranças me vieram à cabeça.. Senti saudade da época que eu era um apenas um homem com um cavalo e uma espingarda nas costas. Saudades de meus amigos Indonésia Kid e Pancho de Villa, mortos em combate em uma emboscada por trás, defendendo minhas plantações de pô de milho.  A saudade foi tanta, que resolvi reunir amigos pistoleiros de corpo fechado, que eram meus capatazes nos anos  60,  e que hoje arriscam a vida fazendo shows clandestinos de moda de viola. Tudo bem que eu sou um vendido, e que abandonei  o mercado de pó de milho em busca de uma vida consumista, de luxo e safadeza, virando um empresário Americamexicano..  Mas meu coração ainda é do México. Para provar que o Méxicú corre forte em minha véias, em primeira mão, estou divulgando aqui o lançamento da Castilho´s Roots Records .. Uma gravadora com nome em inglês, mas com a cara do interior do México  O som do Mexicú é gostoso, rapeize! Podem confiar!

Castilho´s  Roots  Records, uma gravadora pra lá de sapeca

                                    

O primeiro artista do time, chama-se Antonio Aguilar ( nome artístico ). Seu nome verdadeiro é Alejo de Maria. Alejo era meu ex Capataz no interior do México. Ele tem mais de 500 mortes nas costas ( todos inimigos.) Hoje seu dedo tá devagar...

Foi preso nos anos 70 com 9.000 trabucos de pó de milho enfiados nas calças. Depois de puxar essa cadeia durante 20 anos, ele ainda trabalha como capataz no interior do México! Mas a viola fala mais alto e ele consegue conciliar a vida de crime e artísta independente ao mesmo tempo. Alejo tem mais de 20.000 canções prontas. Seu primeiro disco tem o despirocado nome de  A Trajetória de uma Bala.   Eu achei o nome meio forçado e apelativo. Tentei dar uns conselhos pra ele.  Mas ele colocou o trabuco na minha cara, pedindo humildemente para que eu aceitasse o excêntrico nome e não pude fazer nada. 

                                          La Trayectória de una Bala  tá vendendo a rodo !


Quando meu time estiver completo, vamos sair em turnê!


Olhem o clip de trabalho desse artísta de retaguarda.